


Mestrandos não têm muita vida, mas também merecem férias...
Ficarei fora durante alguns dias. Em breve, estarei de volta =)
Boas Festas e Férias à todo o Povo Sofrido da Pós !!!
Pratos rápidos e nutritivos sobre meus estudos, resumos e anotações do mestrado, doutorado e especialização

O termo fidedignidade sugere confiabilidade. A fidedignidade se baseia na consistência e precisão dos resultados do processo de mensuração. Para que o usuário do teste tenha certeza de que os escores são consistentes, esses mesmos testes devem ser aplicados nos mesmos indivíduos e grupos, mostrando-se então razoavelmente precisos. Isto é, a confiabilidade de uma medida é a confiança que a mesma inspira aplicando-se no mesmo sujeito e produzindo os mesmos resultados.
mesma coisa amanhã." Caso ela narre um fato hoje, não deverá narrar versões diferentes em outros dias. No caso de um instrumento é igual, se ele é fidedigno, também apresentará o mesmo resultados em outros momentos, quantas vezes for necessário.
A elaboração e análise dos itens é uma das condições para que um instrumento tenha qualidade e seja eficaz. Essa condição diz respeito às questões individuais (itens) de um teste. Inicialmente, há a preparação dos itens para a representação do comportamento, isto é, atributo de medida. Poder representar no item todas as possíveis variáveis que o atributo pode assumir é de extrema relevância, caso isso não seja feito, é possível que não haja a contemplação da diversidade das respostas, deixando de medir um ponto de comportamento.
Na análise de itens, todas as possíveis manifestações comportamentais do fenômeno em questão são investigadas, tais como a compreensão de leitura e resposta do item, a capacidade de avaliar certo atributo, a eficácia da avaliação das questões e a capacidade dos itens de abarcarem todas essas manifestações. Nessa fase, muitos itens são descartados, por não satisfazerem as necessidades técnicas do teste.
Como já foi dito anteriormente, a avaliação neuropsicológica é um instrumento relevante na investigação das funções mentais, que tem se mostrado de valor fundamental no auxílio diagnóstico, elaboração do prognóstico, orientação para o tratamento, além do planejamento da reabilitação.
Considera-se instrumentos como qualquer meio de estender nossa ação ao meio, minimizando as limitações em uma ação investigativa de observação, aumentando a eficácia da obtenção de dados e resultados. Na avaliação, esses instrumentos são chamados de testes psicológicos que são considerados objetivos e padronizados. Eles visam avaliar e quantificar comportamentos observáveis através de técnicas e metodologias específicas, embasadas cientificamente em constructos teóricos que auxiliam a análise dos resultados.



A segunda unidade funcional é formada pela região posterior das superfícies laterais e os lobos occipital, temporal e parietal. Como dito na postagem posterior, essa unidade relaciona-se à recepção, análise e armazenamento de informações, interferindo diretamente na análise, codificação e armazenamento das informações sensoriais. Isto é, informações visuais, auditivas, vestibulares e táteis, onde podemos incluir os estímulos gustativos e olfatórios. Por isso do termo "Cérebro Informado". Essa unidade está dividida em três áreas: primária (ou de projeção), secundária (ou de associação unimodal) e terciária (ou de associação polimodal).

Ao construirmos um instrumento, seja ele um teste, questionário, ou qualquer outra técnica é necessário que alguns cuidados sejam tomados para que se tenha uma segurança em seus resultados. Inicialmente, deve-se ter em mente o que o instrumento deve medir e como deve medir e para que este objetivo seja alcançado inúmeras pesquisas exploratórias são realizadas. Para tanto, toda medida deve apresentar dois relevantes requisitos: a validade ou validez, e a confiabilidade ou fidedignidade. Isto é, uma medida confiável geram dados replicáveis e consistentes, enquanto uma medida válida representam precisamente as características que se pretende medir.
A qualidade da medição está estritamente relacionada ao refinamento e à validade empírica de constructos. Nada adianta ter uma boa teoria se os seus constructos não são testados empiricamente, se suas variáveis não são válidas, o que pode ocasionar em suposições e conclusões incorretas.
Barkley (1997a, 1997b) afirma que a inibição comportamental inclui a inibição de respostas prepotentes, inibindo as vias de respostas e controle de interferência, fundamentalmente contribuem para o funcionamento de várias outras funções executivas como a memória de trabalho (verbal e não-verbal), auto-regulação do afeto, motivação e ativação e reconstituição (análise e síntese da informação).
O mau funcionamento executivo também pode ser chamado de disfunção executiva. Uma variedade de quadros podem descrever a disfunção executiva já que é um construto multifacetado. Dentre os prejuízos mais observados pode-se incluir a incapacidade de se concentrar ou manter a atenção, impulsividade ou desinibição, memória de trabalho reduzida, dificuldades no monitoramento ou regulação do desempenho, incapacidade de planejar ações com antecedência, desorganização, prejuízo na capacidade de raciocínio, gerando dificuldades na criação e/ou implementação de estratégias, comportamento perseverativo, resistência à mudança, dificuldades na transferência entre atividades que geram conflitos e incapacidade de aprender com os próprios erros. Percebe-se que a disfunção executiva está geralmente associada à preocupações acadêmicas ou no local de trabalho.
o mal-adaptativo, nível de interesse, iniciativa e comportamento moral e social. Por exemplo, pacientes com disfunção executiva podem se apresentar como uma pessoa apática, desmotiva, impulsiva, argumentativa. Eles podem fazer perguntas embaraçosas ou socialmente inadequadas, fazer declarações que podem magoar ou contar piadas impróprias. Esses pacientes geralmente ignoram as consequências sociais de suas ações, além de regras e convenções sociais. Como consequência, muitos pacientes que apresentam essa disfunção exibem pobre competência interpessoal, assim como dificuldade em manter relações sociais.




O sistema nervoso surge na 3ª a 4ª semanas pós-fecundação no embrião, como um espessamento longitudinal do ectoderma denominado placa neural; ao invaginar-se, esta placa se transforma em sulco neural e, posteriormente, em tubo neural. É a partir dele que o sistema nervoso central irá se desenvolver.
Ao longo do crescimento, o tubo neural se contorce e transforma-se em uma estrutura composta de três dilatações, conhecidas como vesículas encefálicas primitivas através do processo de diferenciação, dando origem às principais estruturas anatômicas principais do indivíduo adulto.
Na porção rostral do tubo neural, chamada de prosencéfalo, dará origem ao telencéfalo. que por sua vez, originará o córtex cerebral e os núcleos de base, e o diencéfalo. A porção do meio é chamada mesencéfalo; como não se modifica muito, continua sendo chamada assim. Já a porção caudal é chamada de rombencéfalo e, ao se dividir, dá origem ao metencéfalo, que por sua vez originará o cerebelo e a ponte, e ao mielencéfalo, que originará o bulbo.
O início do desenvolvimento do sistema nervoso se dá a partir de poucas células do embrião, chamadas de células-tronco neurais, que sofrem no útero, um grande crescimento chegando a atingir centenas de bilhões de células. Essas células possuem grande capacidade de autorenovação, capazes de se dividirem milhares de vezes, além de gerarem as células-mãe (precursoras), originando assim todos os tipos de neurônios e de gliócitos (células glias ou gliais) do sistema nervoso.
Para saber mais:
Bear, M.F.; Connors, B.W.; Paradiso, M.A. Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso. Porto Alegre: Artmed, 2002.
Lent, R. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais de neurociência. São Paulo: Atheneu, 2001.
Kolb, B.; Whishaw, I.Q. Neurociência do Comportamento. Barueri: Editora Manole Ltda, 2002.
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O objetivo da avaliação neuropsicológica é investigar a presença de déficits cognitivos, sendo capaz de definir a extensão do comprometimento através de uma análise quantitativa e qualitativa dos resultados obtidos.
Este exame consiste na aplicação de escalas e testes psicológicos associados a entrevistas de anamnese, observação do comportamento e exames para que se possa ter um panorama do funcionamento cognitivo e comportamental da criança. Os testes utilizados incluem baterias que avaliam o processamento intelectual, habilidades adaptativas, atenção, funções executivas, memória, linguagem – fala receptiva e expressiva, lateralidade, habilidades vísuo-perceptivas, vísuo-espaciais e vísuo-construtivas, aprendizagem e aspectos emocionais.
Contudo, no que diz respeito à avaliação neuropsicológica infantil deve-se levar em consideração a maturação do sistema nervoso e o desenvolvimento cognitivo. Portanto, a avaliação neuropsicológica infantil deve ser sensível ao conjunto de sinais cognitivos e comportamentais apresentados durante o desenvolvimento da criança, reconhecendo-o como uma desordem do processamento neuropsicológico ou não.
Estar atento à compreensão das relações entre o cérebro e o desenvolvimento infantil, bem como das interações recíprocas da psicologia infantil e sua organização neurobiológica, é um fator relevante no estudo da neuropsicologia do desenvolvimento e na avaliação de crianças.
Para saber mais:
Miranda, M.C.; Muszkat, M. Neuropsicologia do Desenvolvimento. In: Andrade, V.M.; Santos, F.H. dos e Bueno, O.F.A. Neuropsicologia Hoje. São Paulo: Artes Médicas, 2004.
Riechi, T.I.J.S. Avaliação Neuropsicológica Infantil: o ideal e o real. In: Macedo, E.C., Mendonca, L.I.Z., Schiecht, B.B.G. & Ortiz, K.Z. & Azambuja, D.A. Avanços em Neuropsicologia: das Pesquisas à Aplicação Clínica. Sao Paulo: Santos, 2007.
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Para saber mais:
Dalgalarrondo, P. (2000). Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. São Paulo: Artmed.
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