6 de outubro de 2008

Plasticidade com alface crespa


Por volta de 1930, o termo plasticidade foi introduzido pelo fisiologista alemão Albrecht Bethe como sendo a capacidade do organismo em adaptar-se às mudanças ambientais devido a ação sinérgica de diferentes órgãos coordenados pelo Sistema Nervoso Central (SNC). Este conceito tem evoluído ao longo desses anos e atualmente pode ser definido como a mudança adaptativa na estrutura e função do sistema nervoso, que ocorre em qualquer fase da ontogenia, como função de interações com o meio ambiente interno e externo, ou ainda como resultante de lesões que afetam o ambiente neural.

A plasticidade cerebral deve ser vista como um conceito multidimensional. Ela apresenta um processo dinâmico que delimita as relações entre estrutura e função, uma resposta adaptativa impulsionada por desafios do meio ou por lesões, assim como estrutura organizacional instrínseca do cérebro que se mantém ativa durante toda a vida.

A plasticidade pode ser dividida em três níveis:

1- Neuroquímico: alteração de neurotransmissores e neuromoduladores durante o crescimento e o desenvolvimento.

2- Hedológico: envolve diversos padrões de conexão entre os neurônios e o número de sinapses ativas.

3- Comportamental: modificação de estratégias cognitivas de acordo com os desafios ambientais.

Para saber mais:

Mello, C.B.; Miranda, M.C. e Muszkat, M. A Neuropsicologia do Desenvolvimento: Conceitos e Abordagens. São Paulo: Memnon, 2005.

Imagem:

http://aguarelas.blogs.sapo.pt/arquivo/miro.jpg

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