24 de agosto de 2008

Estágio Operatório Concreto Frito

O estágio operatório concreto compreende as idades de 7 a 11-12 anos. Nesse período, as crianças já são capazes de manipular mentalmente as representações internas, isto é, já possuem idéias e memória dos objetos, assim como realizar operações com elas. Entretanto, somente com objetos concretos.

O egocentrismo cognitivo e social é deixado de lado dando lugar ao surgimento da capacidade de estabelecer relações e coordenar pontos de vistas diferentes (dela própria e dos outros), além de integrá-los de maneira lógica e coerente.



Resumindo, a criança já pode manipular representações internas de objetos e de substâncias concretas, conservando mentalmente a noção de quantidade e o pensamento é reversível. Porém, as operações cognitivas agem sobre as representações cognitivas de eventos físicos reais.

Para saber mais:
Sternberg, R. Psicologia Cognitiva. Porto Alegre: Artmed, 2008.

Imagem:
http://www.revistapesquisa.fapesp.br/arq/r/pt/901/notcont4475.jpg

22 de agosto de 2008

Estágio Pré-Operatório à Milanesa


Esse período compreende os dois anos até os sete anos de idade. Para Piaget, o aparecimento da função simbólica, ou seja, emergência da linguagem é o que marca a passagem do estágio anterior para o atual. Pode também ser chamado de estágio da Inteligência Simbólica.


Nesse estágio, a criança já não depende unicamente de suas sensações e de seus movimentos, distingue a imagem, palavra ou símbolo daquilo que ele significa. Além disso, apresentam centração, que é uma tendência para focalizar apenas o aspecto observável do objeto ou de uma determinada situação. A criança percebe os estados momentâneos, sem juntá-los em um todo, isto é, possui uma percepção global.


A partir do surgimento do pensamento representativo, há o desenvolvimento da comunicação verbal, entretanto, possuindo uma fala egocêntrica, centrada em si mesma, não conseguindo se colocar no lugar do outro.


Esse período é marcado pela irreversibilidade, onde a criança parece ser incapaz de compreender a existência de fenômenos reversíveis, como por exemplo, quando colocamos duas bolas iguais de massinhas, pegamos uma e a colocamos em outro formato; ou quando a água é transformada em gelo e depois voltando ao estado original.


Assim, mesmo que a criança apresente uma capacidade de atuar de forma lógica e coerente, também apresentará um entendimento da realidade desiquilibrado. O desenvolvimento conceitual e lingüístico desse estágio abrirá caminho para o desenvolvimento de estágio seguinte.

Para saber mais:

Sternberg, R. Psicologia Cognitiva. Porto Alegre: Artmed, 2008.

Biaggio, A.M.B. Psicologia do Desenvolvimento. Petrópolis: Vozes, 1976.

Imagem:

http://www.badaueonline.com.br/dados/imagens/criancas.jpg

21 de agosto de 2008

Estágio Sensório-Motor Ao Forno

O estágio sensório-motor é o primeiro estágio do desenvolvimento humano, tem seu início no nascimento até os dois anos de idade aproximadamente. Neste estágio, há um aumento na capacidade sensorial (input) e motora (output).

Inicialmente, as primeiras adaptações do bebê são reflexivas, aos poucos começam a assimilar o meio construindo esquemas de ação, isto é, gradualmente, obtêm controle consciente e intencional sobre suas ações motoras.

A cognição está relacionada ao que eles podem perceber imediatamente através dos sentidos, sendo direto e imediato seu contato com o meio. Nesse período não representam os objetos mentalmente, assim como ausência da capacidade simbólica.

Em torno dos dois anos de idade, esses esquemas de ação convertem-se para esquemas representativos (representações internas de estímulos externos), devido ao surgimento da função simbólica.

Exemplo: reflexo de sucção e o movimento dos olhos.

Para saber mais:

Sternberg, R. Psicologia Cognitiva. Porto Alegre: Artmed, 2008.

Biaggio, A.M.B. Psicologia do Desenvolvimento. Petrópolis: Vozes, 1976.

Imagem:

http://www.supernanny.com.br/imagens/estimular_imaginacao.jpg


20 de agosto de 2008

Desenvolvimento Cognitivo em Piaget ao molho pardo

Para o melhor entendimento de Piaget, é necessário entrar em contato com três postulados centrais delineados por ele. O primeiro diz respeito à uma organização interna da cognição humana. Já o segundo, refere-se a essa organização interna como único modo de funcionamento responsável do organismo, não variando ao longo dos anos. E por fim, a interação entre o organismo e o ambiente através dos invariantes modos de funcionamento, havendo uma adaptação das estruturas cognitivas, assim como o desenvolvimento das mesmas (processo de organização).

Piaget acredita que o desenvolvimento cognitivo é organizado por estruturas mentais compostas por “esquemas de ação” e “operações de caráter lógico-matemático” que inicialmente, são estruturas inatas, mas que ao longo do desenvolvimento vão amadurecendo e adquirindo através do meio um processo de “equilibração”.

Durante esse processo adaptativo, haveria uma assimilação do novo “conhecimento” ao velho e uma acomodação do velho conhecimento ao novo, mantendo um equilíbrio no funcionamento cognitivo. Isto é, o desenvolvimento cognitivo é um processo de equilibrações sucessivas dos esquemas (estruturas cognitivas).

Desta forma, à medida que a criança se adapta continuamente ao ambiente, ela vai vivenciando seu desenvolvimento em estágios ou períodos distintos. Piaget dividiu o desenvolvimento cognitivo em quatro estágios principais: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.


Para saber mais:
Filho, M.L.S. Relações entre aprendizagem e desenvolvimento em Piaget e em Vigotsky: dicotomia ou compatibilidade? Rev. Diálogo Educ., Curitiba, V.8, n.23, p.265-275, jan/abr, 2008.

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19 de agosto de 2008

Jean Piaget com Queijo Suiço



Na teoria piagetiana, o desenvolvimento do ser humano pode ser relacionado a dois fatores: a hereditariedade e a adaptação biológica como o crescimento e maturação do sistema nervoso central, e fatores ambientais, tais como experiência, estimulação motora, nutrição e as condiçõe s sócio-econômicas e afetivas.


O desenvolvimento cognitivo é um processo de mudanças qualitativas e quantitativas sucessivas das estruturas cognitivas, onde a criança constrói e reconstrói esses esquemas, diversificando, diferenciando e combinando entre si.


Piaget acreditava que o desenvolvimento ocorria em estágios, que evoluem pela equilibração, onde as crianças procuram um equilíbrio entre o que encontram no ambiente, as estruturas e aos processos cognitivos.

Para saber mais:
Piaget, J. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.

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http://www.softplayzone.co.uk/softplayzone/images/products/L_prod_mat001.jpg

13 de agosto de 2008

Neuropsicologia do desenvolvimento ao molho de alcaparras


Desde o nascimento, a criança está em constante evolução, seja fisicamente, neurologicamente, ou psicologicamente, adquirindo assim uma maior complexidade no ponto de vista ontogenético. O desenvolvimento humano é um processo contínuo que apresenta dois processos principais: o crescimento e desenvolvimento, agentes de modificações e aquisições nesse período. Há padrões definidos de crescimento físico e de aumentos nas capacidades motoras e cognitivas, o desenvolvimento é padronizado e continuo, mas nem sempre uniforme e gradual.

Todas as características e habilidades do sujeito, assim como as alterações no desenvolvimento são produtos da maturação, das mudanças orgânicas neurofisiológicas e bioquímicas que ocorrem no corpo da pessoa. Normalmente, essas mudanças são independentes das condições ambientais, das experiências relacionado à aprendizagem e ao treino. Enquanto a criança não tiver atingido determinado grau de maturidade, não adquirirá certas habilidades cognitivas.

Durante o período maturacional, existem períodos críticos ou sensíveis ao desenvolvimento de certos órgãos do corpo e de certas funções cognitivas, onde no caso de haver alguma alteração no desenvolvimento normal durante esses períodos, é possível o surgimento de deficiências ou disfunções permanentes.


Para saber mais:


Annunciato, N.F.; Da-Silva, C.F. Desenvolvimento do sistema nervoso. Temas sobre desenvolvimento, São Paulo, v.4, n.24, p.35-46, abr. 1995.


Pinheiro, M. S. Aspectos Bio-Psico-Sociais da Criança e do Adolescente. Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan/ CEDECA, 1996.

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12 de agosto de 2008

N-back ao molho de maracujá


A memória de trabalho tem sido descrita e discutida de várias maneiras: como um sistema cognitivo de armazenamento temporário e manipulação de informações armazenadas, como um tipo de memória que é ativa e relevante por um curto período, e mais especificamente, como um processo através do qual um estímulo lembrado é manipulado "on-line" para orientar o comportamento na ausência de dicas externas ou instruções.


Atualmente, uma tarefa bastante utilizada para se avaliar a memória de trabalho é o “N-Back”. A tarefa é baseada numa série de estímulos que são apresentados, onde o participante deve monitorá-los e responder toda vez que um estímulo apresentado for idêntico ao que foi apresentado “n” tentativas anteriores, normalmente, 1, 2 ou 3. Nesta tarefa, é necessário o acompanhamento, a atualização e a manipulação on-line de informações, processos chaves do funcionamento da memória de trabalho. Diversos estudos foram realizados incluindo diferentes tipos de estímulos, utilizando várias modalidades de entrada (visual – incluindo espacial, auditivo e olfatório).



Para saber mais:
Owen, A.M; McMillan, K.M.; Laird, A.R. e Bullmore, E. N-Back Working Memory Paradigm: A Meta-Analysis of Normative Functional Neuroimaging Studies. Human Brain Mapping 25:46-59, 2005.

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