


Mestrandos não têm muita vida, mas também merecem férias...
Ficarei fora durante alguns dias. Em breve, estarei de volta =)
Boas Festas e Férias à todo o Povo Sofrido da Pós !!!
Pratos rápidos e nutritivos sobre meus estudos, resumos e anotações do mestrado, doutorado e especialização
O sistema nervoso surge na 3ª a 4ª semanas pós-fecundação no embrião, como um espessamento longitudinal do ectoderma denominado placa neural; ao invaginar-se, esta placa se transforma em sulco neural e, posteriormente, em tubo neural. É a partir dele que o sistema nervoso central irá se desenvolver.
Ao longo do crescimento, o tubo neural se contorce e transforma-se em uma estrutura composta de três dilatações, conhecidas como vesículas encefálicas primitivas através do processo de diferenciação, dando origem às principais estruturas anatômicas principais do indivíduo adulto.
Na porção rostral do tubo neural, chamada de prosencéfalo, dará origem ao telencéfalo. que por sua vez, originará o córtex cerebral e os núcleos de base, e o diencéfalo. A porção do meio é chamada mesencéfalo; como não se modifica muito, continua sendo chamada assim. Já a porção caudal é chamada de rombencéfalo e, ao se dividir, dá origem ao metencéfalo, que por sua vez originará o cerebelo e a ponte, e ao mielencéfalo, que originará o bulbo.
O início do desenvolvimento do sistema nervoso se dá a partir de poucas células do embrião, chamadas de células-tronco neurais, que sofrem no útero, um grande crescimento chegando a atingir centenas de bilhões de células. Essas células possuem grande capacidade de autorenovação, capazes de se dividirem milhares de vezes, além de gerarem as células-mãe (precursoras), originando assim todos os tipos de neurônios e de gliócitos (células glias ou gliais) do sistema nervoso.
Para saber mais:
Bear, M.F.; Connors, B.W.; Paradiso, M.A. Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso. Porto Alegre: Artmed, 2002.
Lent, R. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais de neurociência. São Paulo: Atheneu, 2001.
Kolb, B.; Whishaw, I.Q. Neurociência do Comportamento. Barueri: Editora Manole Ltda, 2002.
Imagem:
http://www.partofeliz.com.ar/feto2.jpg
O objetivo da avaliação neuropsicológica é investigar a presença de déficits cognitivos, sendo capaz de definir a extensão do comprometimento através de uma análise quantitativa e qualitativa dos resultados obtidos.
Este exame consiste na aplicação de escalas e testes psicológicos associados a entrevistas de anamnese, observação do comportamento e exames para que se possa ter um panorama do funcionamento cognitivo e comportamental da criança. Os testes utilizados incluem baterias que avaliam o processamento intelectual, habilidades adaptativas, atenção, funções executivas, memória, linguagem – fala receptiva e expressiva, lateralidade, habilidades vísuo-perceptivas, vísuo-espaciais e vísuo-construtivas, aprendizagem e aspectos emocionais.
Contudo, no que diz respeito à avaliação neuropsicológica infantil deve-se levar em consideração a maturação do sistema nervoso e o desenvolvimento cognitivo. Portanto, a avaliação neuropsicológica infantil deve ser sensível ao conjunto de sinais cognitivos e comportamentais apresentados durante o desenvolvimento da criança, reconhecendo-o como uma desordem do processamento neuropsicológico ou não.
Estar atento à compreensão das relações entre o cérebro e o desenvolvimento infantil, bem como das interações recíprocas da psicologia infantil e sua organização neurobiológica, é um fator relevante no estudo da neuropsicologia do desenvolvimento e na avaliação de crianças.
Para saber mais:
Miranda, M.C.; Muszkat, M. Neuropsicologia do Desenvolvimento. In: Andrade, V.M.; Santos, F.H. dos e Bueno, O.F.A. Neuropsicologia Hoje. São Paulo: Artes Médicas, 2004.
Riechi, T.I.J.S. Avaliação Neuropsicológica Infantil: o ideal e o real. In: Macedo, E.C., Mendonca, L.I.Z., Schiecht, B.B.G. & Ortiz, K.Z. & Azambuja, D.A. Avanços em Neuropsicologia: das Pesquisas à Aplicação Clínica. Sao Paulo: Santos, 2007.
Imagem:
http://pics.hi5.com/userpics/513/920/920342513.img.jpg
Para saber mais:
Dalgalarrondo, P. (2000). Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. São Paulo: Artmed.
Imagem:
http://www.gtdtimes.com/files/2008/05/memory.jpg