
Na metade do século XIX, surgem as primeiras referências aos transtornos hipecinéticos na literatura médica. Contudo, foi somente no início do século XX que o quadro clínico foi descrito de uma maneira mais sistemática. Ao longo dos tempos, esse transtorno sofreu alterações na sua nomenclatura. Na década de 40, fala-se em
lesão cerebral mínima; nos anos 60, passou-se a utilizar o termo
disfunção cerebral mínima. Já nos anos 80, com o surgimento do DSM-III (Manual Diagnóstico e Estatístico das Doenças Mentais), a nomenclatura foi alterada para
distúrbio de déficit de atenção, podendo ou não ser acompanhado de hiperatividade. Essa mudança foi baseada em dois fatores: 1) tentativas de incluir a etiologia na definição e na terminologia diagnóstica foram abandonadas em favor de uma aproximação fenomenológica e 2) havia um consenso de que embora a hiperatividade fosse o problema mais chamativo, provavelmente não seria o mais importante. O fator desatenção parecia ser mais central e a hiperatividade era tão importante quanto à impulsividade. A partir dessa época, a tríade desatenção, hiperatividade e impulsividade foi se tornando mais clara.
No final dos anos 80, foi dada maior ênfase à hiperatividade, onde refletiu-se na

modificação de sua nomenclatura para
distúrbio de hiperatividade com déficit de atenção. Em 1994, com a publicação do DSM-IV, a patologia passou a ser chamada de
distúrbio de déficit de atenção/hiperatividade (DDAH). Mais recentemente, a nomenclatura mais utilizada no Brasil é a do
Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), trocando o termo distúrbio para transtorno.
Para saber mais:Fichtner, Nilo. Transtornos Mentais da Infância e da Adolescência. Um enfoque desenvolvimental. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
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