7 de março de 2010

Funções cognitivas e seus métodos de investigação (parte 2) com berinjela



Diferente da observação, o experimento é uma investigação mais voltada para o esclarecimento das relações de causa e efeito. Geralmente, os pesquisadores expõem um grupo de sujeitos a uma condição, causando uma mudança numa variável independente. Então, registram como essa mudança afeta algum comportamento específico, chamado de variável dependente. O método é testa muitas hipóteses, porém, apresenta uma limitação. Mesmo numa situação experimental, não é possível assegurar que outras variáveis não interferiram no processo de investigação. Assim, experimentos bem delineados diminuem a margem de erros e influência de algumas variáveis.

Os testes psicológicos e neuropsicológicos dão ao experimentador certo controle sobre a situação, de modo que cada sujeito se depara com a mesma tarefa e com os mesmos estímulos. Para uma prática bem fundamentada, é necessário, além do domínio das teorias psicológicas, um examinador bem treinado e com conhecimentos técnico-práticos em relação ao teste que irá aplicar. Além disso, a escolha do teste a ser utilizado é tão importante quanto a investigação em si. Baterias extensas ou aplicações desnecessárias podem causar certa desmotivação, além de levar o indivíduo à fadiga.

Desde o surgimento e aperfeiçoamento das técnicas de neuroimagem, foi possível entender de maneira mais aprofundada sobre o comportamento humano e o funcionamento cerebral. É possível, hoje, investigar as ligações existentes entre o cérebro e a sua mente com um conjunto de ferramentas cada vez mais potentes e eficazes, como, por exemplo, as técnicas de Ressonância Magnética funcional (fMRI) ou tomografia computadorizada por emissão de pósitrons (PET Scan). Contudo, certas questões metodológicas ainda precisam ser melhoradas. Normalmente, estudos com essa tecnologia são realizados com adultos, devido ao grau de cooperação e imobilidade física. Técnicas de relaxamento são utilizadas em crianças, mas mesmo assim, as condições experimentais ainda exigem certo cuidado.


Para saber mais:

Uehara, E. Ontogênese das funções cognitivas: Uma abordagem neuropsicológica. Dissertação de mestrado PUC-Rio, 2010.

Imagem:

http://tudosimples.files.wordpress.com/2008/02/lapis-de-cor.jpg

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